No dia 21 de abril de 753 aC, Roma, a cidade eterna, foi fundada. Isso significa que ela tem hoje 2773 anos. Ao longo do tempo, a história acabou se confundindo com as lendas, e vale a pena lembrar como foi que tudo aconteceu!

Roma

 

 

 

 

 

 

 

Tudo começou muito antes, na Guerra de Tróia. Lembram daquela história do cavalo, onde estavam escondidos os soldados? Enfim, mais de mil anos antes de Cristo, um dos últimos sobreviventes da cidade de Tróia, era um grande guerreiro que se chamava Enéias, que era filho da deusa Vênus. Ele conseguiu escapar e levou consigo o pai, Anquises, sobre os ombros, e o filho Ascânio. Toda essa aventura vai ser contada pelo poeta Virgílio na Eneida. A nós, interessa agora que, depois de muito fugir, os três acabam chegando nas costas do Lácio, na Itália, em uma pequena cidade que se chamava Lavinium (atual Lavínio ou Lido de Enéias), a 50 km de onde, hoje, se encontra Roma. E o nosso heroi acaba se casando com a princesa Lavínia.

O filho Ascânio, obviamente, não podia continuar morando com o pai a vida toda, então ele decide fundar uma cidade nova, a mítica Albalonga, que hoje se chama Albano. Os anos passam e as gerações também, e chegamos na época do rei Numitor, descendente de Ascânio. Seu irmão menor, Amúlio, era invejoso e queria o trono para ele. Assim, ele acaba destituindo Numitor e condena a própria sobrinha, a linda Silvia, a ser uma sacerdotiza.

As Vestais, sacerdotizas do fogo sagrado, eram muito importantes na sociedade, mas havia um porém: elas deviam manter-se virgens durante os trinta anos de serviço. Desta maneira, Silvia não daria descendentes ao antigo rei e seu tio Amúlio reinaria com toda tranquilidade. Mas a nossa Silvia era linda demais, e quando o deus Marte a viu, não conseguiu resistir. O resultado é evidente, meses depois, quando nascem dois meninos, Rômulo e Remo.

Amúlio, furioso, acaba aprisionando Silvia e manda um servo jogar os meninos no rio. O coitado do servo, com pena dos gêmeos, coloca-os em uma cesta e abandona-os no rio Tibre, e a cesta vai parar em um pântano. O choro dos meninos atrai uma loba, e o animal, ao invés de comê-los, acaba amamentando Rômulo e Remo.

A esse ponto a coisa fica estranha demais e difícil de acreditar… uma loba? Como assim?

Bom, dizem as más línguas que os meninos, na verdade, foram encontrados pelo pastor Fáustulo que passava por ali, e criados por ele e a mulher, Aca Larência.

Quando os dois já estavam crescidos, descobrem a sua verdadeira origem e voltam à Albalonga para libertarem a mãe Silvia. Eles matam o tio usurpador e devolvem o trono ao avô Numitor. Agora, era a vez deles fundarem a própria cidade. Mas aí surge um pequeno problema: só um poderia ser rei, e nenhum dos dois estava disposto a renunciar. Geralmente, é o primogênito quem tem o direito de ser rei, mas, ninguém sabia qual dos dois teria nascido primeiro.

A única maneira para resolver a questão era seguir a vontade dos deuses. Aquele que visse mais pássaros voando no céu, esse seria o escolhido. Cá entre nós, Rômulo foi muito mais inteligente, porque foi o primeiro a perguntar ao irmão, quantos pássaros ele tinha visto. E Remo, tão inocente, respondeu todo feliz:

–Eu vi seis!

Rômulo, todo esperto, conta que viu doze pássaros e ganha, assim, a honra de ser o primeiro rei e fundador de Roma, a cidade de Rômulo.

E tudo o que se pode imaginar aconteceu desde então. Roma é uma cidade extraordinária e riquíssima em lendas, curiosidades e histórias. É um lugar que podemos visitar milhares de vezes, viver dezenas de anos e, ainda assim, ela nunca vai deixar de nos maravilhar.


 

Agradecemos ao Viagginblog pelo texto!